ASPECTOS DA ATIVIDADE INOVADORA NAS EMPRESAS DO SETOR MOVELEIRO DE CARIACICA (ES)

Autores

  • Erika de Andrade Silva Leal Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
  • Lucas Bissoli Garci Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
  • Felipe Thomes Rodrigues Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo

Resumo

Este trabalho tem como objetivo verificar os investimentos em inovações feitos por empresas representativas do setor  moveleiro de Cariacica e analisar os impactos de tais investimentos para aquelas empresas que disseram ter investido em inovações nos últimos 05 anos. Utilizando metodologia desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no tocante à Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC), foram realizadas 10 entrevistas com empresários do setor, caracterizando o trabalho como um estudo de múltiplos casos. O estudo mostra que 09 das 10 empresas entrevistadas informaram ter investido em inovações. Os recursos para inovar geralmente são próprios. Todos os empresários afirmaram investir na aquisição de máquinas e equipamentos participando, dessa forma, do processo de difusão das inovações. Quanto aos impactos das inovações destaca-se que o investimento realizado foi mais importante no sentido de permitir a manutenção das empresas no mercado. Além de ressaltar o fato de que as inovações não foram importantes no sentido de reduzir o consumo de insumos relacionados aos recursos naturais. Isso implica a necessidade de fazer um trabalho no sentido de conscientizar os empresários do setor para a importância de desenvolvimento de inovações e tecnologias poupadoras de recursos naturais, pois a chave para a competitividade nos dias atuais e para além dessa década é ser capaz de combinar as inovações com o desenvolvimento sustentável.

Biografia do Autor

Erika de Andrade Silva Leal, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo

Professora da Coordenadoria de Engenharia de Produção do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Graduada e mestre em economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Doutoranda em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Conselheira do Conselho Regional de Economia. Gerenciou a área de Inovação do Governo do Estado do Espírito Santo - 2007/2010.

Referências

COCCIA,M. Political economy of R&D to support the modern competitiveness of nations and determinants of economic optimization and inertia. Technovation, 32, 370-379, 2012.

DAVENPORT, T.H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam seu capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

DEMIREL, P.; MAZZUCATO, M. Survey of the Literature on Innovation and Economic Performance. Working Paper, FINNOV, ReinoUnido, 2009.

DEWANGAN, V; GODSE, M. Towards a holistic enterprise innovation performance measurement system. Technovation, 34, 536-545, 2014.

FINDES – Federação das Indústrias do Espírito Santo, 2011. Disponível em: http://issuu.com/sistemafindes/docs/revista_industria_capixaba_no_296. Acesso em: 20 jul. 2014

GALINARI, R.; TEIXEIRA JUNIOR, J. R.; MORGADO, R. R. A competitividade da indústria de móveis do Brasil: situação atual e perspectivas. BNDES Setorial 37, p. 227-272, 2013.

GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.

GLOBAL INNOVATION. 2013. Disponível em: http://www.strategyand.pwc.com/br/home/imprensa/mostrar/2013-global-innovation-1000-br. Acessoem: 25 mai. 2014.

GRUNER, K. E.; HOMBURG, C. Does customer interaction enhance new product success? Journal of Business Research, n. 49, p. 1-14, 2000.

KAPSALI,M. How to implement innovation policies through projects successfully. Technovation, 31, 615-626, 2011.

LEAL, E. A. S.; RODRIGUES, F. T.; FERREIRA, R.; FAVALESSA, P. Programas de Apoio à Competitividade da Indústria Moveleira no Brasil. Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2013.

MAHROUM, S; SALEH-AL. Towards a functional framework for measuring national innovation efficacy. Technovation, 33, 320-332, 2013.

MIGUEL, P. A. C. Estudo de caso na engenharia de produção: estruturação e recomendações para sua condução. Produção, v.17, n. 1, p. 216-229, 2007.

MOVERGS – Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.movergs.com.br/numeros-setor. Acesso em: 20 abr. 2014.

NELSON, R.R, et al. Public R&D and social challenges: What lessons from missions R&D programs? Research Policy, 41, 2010.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. São Paulo: Campus, 1997.

NONAKA, I.; TOYAMA, R.; KONNO, N. SECI, Ba and Leadership: A unified model of dynamic knowledge creation. Long Range Planning, v. 33, n. 1, p. 5-34, 2000.

OLIVEIRA, M. M. J. Competitividade Empresarial: Administração do Conhecimento. Revista da ESPM. p. 62 – 67, 1999.

PEREIRA, J. R.; CAMPOS, A. L. A. Polos produtivos locais: a indústria moveleira de Linhares. Pesquisa em Debate, edição especial, 2009.

PEREZ, C. Financial bubbles, crises and role of government in unleashing golden ages. Working Paper, FINNOV, Reino Unido, Janeiro 2012.

PINTEC – Pesquisa de Inovação Tecnológica. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2008/defaultzip_cnae2_2008.shtm>. Acesso em: 18 mai. 2014.

ROCHA, A. C. et al. Estratégias sustentáveis e desempenho exportador no setor moveleiro paranaense. R. Adm. FACES, v. 12, n. 3, p. 09-27, 2013.

SÁEZ, F.J. et al. Evaluating research efficiency within National R&D Programmes. Research Policy, 40, 230-241, 2011.

SAMARA, E.; GEORGIADIS, P.; BAKOUROS, I.The impacts of innovation policies on the performance of national innovation systems: A system dynamics analysis. Technovation, 32, 624-638, 2012.

SANDÉN, B. The customer’s role in new service development. Tese (Doctor of Management) – Faculty of Economic Science, Communication and IT Business Administration, Karlstad University, Sweden, 2007.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 2006. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae. Acesso em: 26 abr. 2014.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 2013. Disponível em: http://m.sebrae-sc.com.br/Sebrae-SiteWap/ideiasdenegocio.id.logic?id=91BD5C681ED542CA83257C2E00708A0D. Acesso em: 20 abr. 2014.

SESSA, C. B.; GRASSI, R. A. Uma abordagem integrada da economia evolucionista e da nova economia institucional para entendimento da relação universidade-empresa: o caso nexem/UFES. Revista Economia Ensaios, v. 25, p. 33-58, 2009.

SILVA, L. E. B.; MAZZALI, L. Parceria tecnológica universidade/empresa: um arcabouço conceitual. Parcerias Estratégicas. Brasília, v. 11, p. 36-47, 2001.

SOUZA, A. S. et al. Análise do processo de aquisição de fornecedores da empresa unidade digital. Administrando o Futuro Agora, 1 ed., 2013.

TIGRE, P. B. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

TRIGKAS, M.; PAPADOPOULOS, I.; KARAGOUNI, G. Economic efficiency of wood and furniture innovation system. European Journal of Innovation Management, v. 15, n.2, p.150-176, 2012.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 4ª Ed, São Paulo: Atlas, 2003.

Downloads

Publicado

2016-01-28