USO DE PLANTAS MEDICINAIS NA GESTAÇÃO

Autores

  • Adriana de Melo Etec Dr. Carolino da Motta e Silva Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Natália Anhesi Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL
  • Leonardo Gomes da Rosa Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL
  • Anelise Carletti Pereira Bióloga pelo Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL

Resumo

A utilização de plantas medicinais para o tratamento, cura e prevenção de doenças é uma das mais antigas práticas medicinais da humanidade. Entre o uso primitivo e mágico das plantas pelos curandeiros até o conhecimento atual, existem diferenças difíceis de serem mensuradas. Entretanto, a partir do momento em que as plantas passaram a ser utilizadas fora do seu contexto original, tornou-se necessária a avaliação da sua eficácia e segurança, principalmente durante a gestação. Muitas plantas são capazes de exercer ação tóxica sobre os organismos vivos. Segundo algumas teorias, essas substâncias seriam formadas com a função de defender a espécie de seus predadores. Por isso, o uso deliberado de plantas medicinais toma outra proporção quando realizado no período da gestação. Algumas das plantas utilizadas pelas mulheres grávidas possuem ação abortiva, o que coloca em risco à saúde da gestante e do bebê.

Palavras-chaves: Plantas Medicinais, produtos naturais, toxicidade.

Biografia do Autor

Adriana de Melo, Etec Dr. Carolino da Motta e Silva Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996), mestrado em Farmacologia pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e doutorado em Farmacologia pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é professor da Fundação Pinhalense de Ensino (UNIPINHAL) e Etec Dr. Carolino da Motta e Silva. Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Imunofarmacologia; Imunofarmacognosia e Imunotoxicologia. Experiência com diferentes modelos experimentais in vivo, onde são empregados para investigar os efeitos de plantas medicinais de domínio popular sobre os mecanismos reguladores dos sistemas imunológico e hematopoético, visando aumentar ou restabelecer as defesas do próprio hospedeiro capazes de inibir processos malignos e infecciosos. Pesquisadora Colaboradora da Universidade Estadual de Campinas de 2013 até o momento, na área de Biotecnologia Farmacêutica.

Natália Anhesi, Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL

Bióloga pelo Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL

Leonardo Gomes da Rosa, Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL

Biólogo pelo Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL

Anelise Carletti Pereira, Bióloga pelo Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL

Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – UNIPINHAL

Referências

REFERÊNCIAS

ABIFITO (2004) Associação Brasileira da Indústria Fitoterápica. Notícias O crescimento da fitoterapia. http://notes.visywork.com.br/empresas/abifito/abifito.nsf (06 Mai 2011).

ABIFITO (2005) Associação Brasileira da Indústria Fitoterápica. Notícias Fitoterápicos crescem. http://notes.visywork.com.br/empresas/abifito/abifito.nsf (06 Mai 2011).

ALMEIDA, E.R.; MELO, A.M.; XAVIER H. Toxicological Evaluation of the Hydro-alcohol Extract of the Dry Leaves of Peumus boldus and boldine in Rats. Phytotherapy Research. v.14, n.2, p.99-102, 2000.

ALMEIDA, F.C.G.; LEMONICA, I.P. The toxicity of Coleus barbatus B. on the different periods of pregnancy in rats. J Ethnopharmacol. v.73, n.1-2, p.53-60, 2000.

BARILLI, S.L.S.; SANTOS, S.T.; MONTANARI, T. Efeito do decocto dos frutos de buchinha-do-norte (Luffa operculata Cogn.) sobre a reprodução feminina e o desenvolvimento embrionário e fetal. In: SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (17: 2005: Porto Alegre). Livro de resumos, Porto Alegre: UFRGS, 2005. p.539, resumo 099.

BERGSTEN-MENDES, G. Prevalência do uso de medicamentos na gravidez: uma abordagem farmacoepidemiológica. Rev Saúde Pública 36(2):205-212, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Portaria 116, de 08 de agosto de 1996. Diário Oficial da União, 12.08.1996.

BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Portaria 48, de 16 de março de 2004a. Diário Oficial da União, 18.03.2004.

CIGANDA, C.; LABORDE, A. Herbal infusions used for induced abortion. J Toxicol Clin Toxicol. v.41, n.3, p.235-9, 2003.

Da Cunha AP (2003) Aspectos históricos sobre plantas medicinais, seus constituintes activos e fitoterapia. http://www.antoniopcunha.com.sapo.pt/ (20 Mai 2011).

Di Stasi LC (1996) Plantas medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo interdisciplinar. ed. UNESP, São Paulo, 230 pp.

ERNST, E. – Herbal medicinal products during pregnancy: are they safe? International. J. Obstet. Gynaecol. 109: 227–235, 2002.

FREITAS, T.G.; AUGUSTO, P.M.; MONTANARI, T. Effect of Ruta graveolens L. on pregnant mice. Contraception. v.71, n.1, p.74-7, 2005.

GALLO, M.; KOREN, G. Can herbal products be used safely during preg¬nancy? Focus on Echinacea. Can Fam Physician. v.47, p.1727-8, 2001.

GUTIÉRREZ-PAJARES, J.L.; ZÚÑIGA, L.; PINO, J. Ruta graveolens aqueous extract retards mouse preimplantation embryo develop¬ment. Reproduct Toxicol. v.17, n.6, p.667-72, 2003.

KONG, Y.C.; LAU, C.P.; WAT, K.H.; NG, K.H.; BUT, P.P.H.; CHENG, K.F.; WATERMAN, P.G. Antifertility principle of Ruta graveolens. Planta Med. v.55, n.2, p.176-8, 1988.

MENGUE, S.S.; MENTZ, L.A.; SCHENKEL, E.P. Uso de plantas medicinais na gravidez. In: Anseverino ATV, Spreitzer DI, Schüler-Faccini L. Manual de Teratogênese. Porto Alegre: Editora da Universidade; 2001. p.422-50.

MENGUE, S.S.; SCHENKEL, E.P.; MENTZ, L.A.; SCHMIDT, M.I. Especies vegetales utilizadas por embarazadas con el objeto de provocar la menstruación (Encuesta a siete ciudades de Brasil). Acta Farma¬céutica Bonaerense. v.16, n.2, p.251-8, 1997.

NG, T.B.; CHAN, W.Y.; YEUNG, H.W. Proteins with abortifacient, ribo¬some inactivating, immunomodulatory, antitumor and anti-AIDS activities from Cucurbitaceae plants. Gen Pharmacol. v.23, n.4, p.575-90, 1992 (a).

NG, T.B.; CHAN, W.Y.; YEUNG, H.W. The ribosome-inactivating, an¬tiproliferative and teratogenic activities and immunoreactivities of a protein from seeds of Luffa aegyptiaca (Cucurbitaceae). Gen Pharmacol. v.24, n.3, p.655-8, 1993.

NG, T.B.; WONG, R.N.; YEUNG, H.W. Two proteins with ribosome-inac¬tivating, cytotoxic and abortifacient activities from seeds of Luffa cylindrica roem (Cucurbitaceae). Biochem Int. v.27, n.2, p.197-207, 1992.(b)

RAO, V.S.N.; MENEZES, A.M.S.; GADELHA, M.G.T. Antifertility screening of some indigenous plants of Brasil. Fitoterapia. LIX(1), p.17-20, 1988.

RATES, S.M.K. Uso racional de fitoterápicos. Revista Afargs. Edição especial, 2001.

ROBBERS, J.E.; TYLER, V.E. Tyler’s Herbs of Choice: The Therapeutic Use of Phytomedicinals. New York: Haworth Herbal Press; 1999. 287p.

SÁ, R.Z.; REY, A.; ARGAÑAREZ, E.; BINDSTEIN, E. Perinatal toxicology of Ruta chalepensis (Rutaceae) in mice. J Ethnopharmacol. v.69, n.2, p.93-8, 2000.

Schenkel EP, Gosmann G and Petrovick PR (2004a) Produtos de origem natural e o desenvolvimento de medicamentos. In: Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA and Petrovick PR (org) Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5th ed. ed. Universidade/UFRGS and ed. Da UFSC, Porto Alegre/Florianópolis, pp 371-400.

Schenkel EP, Gosmann G and Petrovick PR (2004b) Plantas tóxicas. In: Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA and Petrovick PR (org) Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5th ed. ed. Universidade/UFRGS and ed. Da UFSC, Porto Alegre/Florianópolis, pp 959-993.

WEIER, K.M.; BEAL, M. Complementary therapies as adjuncts in the treatment of postpartum depression. J Midwifery Womens Health. v.49, n.2, p.96-104, 2004.

Downloads

Publicado

2017-01-20