ANÁLISE DO PADRÃO DE COMÉRCIO DE INTERNACIONAL BRASILEIRO DE PESTICIDA, 1990-2020: SERÁ QUE AGRO BRASILEIRO É TECH?

Resumo

Veiculada em rede nacional por uma grande emissora de televisão aberta, a campanha publicitária propaga a mensagem o “Agro é tech, agro é pop”. Com base no método de abordagem quali-quantitativa, este trabalho, por meio da análise da transformação no comércio exterior brasileiro de pesticidas, período 1990-2020, tem como objetivo contrapor a visão difundida de que o agronegócio brasileiro opera na fronteira tecnológica, mostrando, para o caso do setor de pesticidas, que ele abandonou a condição de exportador de pesticidas para tornar-se o principal importador mundial do insumo. Como resultado, encontrou, em consonância à globalização e as transformações na cadeia produtiva global de pesticidas, que o setor no Brasil: (i) entre 1990-2020, saltou da posição de 4° maior exportador mundial para a maior importador mundial, em 2020, assim como de um superávit de US$ 22,4 milhões para um déficit US$ 3,4 bilhões, respectivamente; (ii) preservou sua competitividade internacional apenas com a América do Sul, impulsionada pelo acordo preferencial de comércio (MERCOSUL) e pela proximidade geográfica e cultural.